Propriedades do Solo
Vamos nesta matéria falar dos horizontes e propriedades do solo nas suas diferentes particularidedes físico-químicos. Vamos a isso: Propriedades do Solo – Propriedades Físicas e Químicas (textura do solo, humidade do solo, ph do solo, permeabilidade do solo, fertilidade do solo e irrigação do solo)!
Até ao final desta matéria você deve ser capaz de:
– Identificar as propriedades físico-químicas do solo;
– Identificar os horizontes do solo.
Propriedades do Solo
O conhecimento das propriedades físico-químicas do solo têm interesse para a prática da agricultura e para a realização de obras de engenharia, entre outros.
Propriedades Físico-Químicas do Solo
Textura do Solo
O aspecto que o solo apresenta. A textura do solo depende do tamanho das partiículas sólidas e da proporção em que se encontram. As partículas mais pequenas são as argilas e os limos; as médias correspondem as grosseiras e pequenas pedras.
Humidade do Solo
Como já foi afirmado, a água é um factor determinante na formação do solo, sendo indespensável a vida das plantas.
A quantidade da água existente no solo só tem significado quando considerada em conjunto com a força com que a água se encontra retida no solo. Este facto facilita ou não a sua absorvação pelas plantas.
Um solo com muito húmus absorve fácilmente a água, retendo-a por muito tempo. Pelo contrário, um solo sem húmus não rentem água.
pH do Solo
No caso do solo, o pH não constitui um valor constante e característico, sofrendo inúmeras variacões, relacionadas, por exemplo, com teor de água no solo.
O pH têm influência directa na capacidade de absorção dos diferentes elementos químicos pela planta. Mesmo que o solo contenha todos os elementos essênciais, as plantas podem deixar de absorver um ou outro deles se o pH for inadequado.
Permeabilidade do Solo
A permeabilidade de um solo (capacidade de um solo se deixar atravessar pela água com maior ou menor facilidade) é uma propriedade que depende sobretudo dos seus constituentes minerais .
Nem todos os solos de deixam atravessar pela água com a mesma facilidade.
Há solos que não rentêm a água, tornando-se demasiado secos – são os solos permeáveis.
Os solos arenosos são muito permeáveis e, por isso, são secos e pobres.
Outros rentêm água em excesso, formando com ela uma pasta, tornando-se lamacentos quando recebem água e demasiado secos e estaládicos quando perdem – são os solos impermeáveis. Os solos argilosos são um exemplo destes solos.
Outros rentêm uma certa quantidade de água entre as suas partículas, mas permintem que a água em excesso os atravesse – são os solos semipermeáveis. É o caso dos solos calcários.
Os solos francos são semipermeaveis, retendo a água necessária ao desenvolvimento das plantas. São arejados, macios ao tacto, ferteis e fáceis de trabalhar.
A permebilidade dos solos é muito importante para o desenvolvimento das plantas, pois em solos encharcados ou demasiado secos as plantas desenvolvem-se mal ou morrem. Um solo próprio para agricultura deve ser semipermiável, rico em húmus e fácil de trabalhar.
Porosidade do Solo
Os poros são os espaços dentro do solo, criados por insectos, minhocas e outros animais, que contribuem para a penetração e circulação de água ou para a sua retenção, permitindo também o transporte de materiais dentro do solo, no sentido dos horizontes mais superficiais para os mais profundos.
Organismos do Solo
Os organismos são extremamente importantes na decomposição da matéria orgânica.
Pequenos animais que vivem no solo são essenciais para a agricultura. Por exemplo, as minhocas e as formigas movimentam-se no interior da terra cavando buracos e misturando diferentes camadas, promovendo, assim, a circulação do ar no solo. Estes animais, auxiliados por bactérias e fungos, trituraram a matéria orgânica, transformando-a em húmus, que torna os solos mais fofos e serve de nutriente para as plantas.
Outros animais, como toupeiras, ratos, coelhos e raposas, desempenham um papel importante no arejamento e infiltração de água no solo pois, abrem pequenas galerias ou tocas, deslocam materiais.
Fertilidade do Solo
Fertilidade é a capacidade do solo para servir como substrato para o crescimento das plantas.
A riqueza mineral do solo é mantida ou melhorada pela adubação. O adubo pode ser obtido a partir de detritos orgânicos, a que vulgarmente se dá o nome de estrume. Um terreno com estrume retém melhor a água e é mais arejado. O estrume fornece matéria orgânica aos solos, substituindo o uso excessivo de fertilizantes químicos.
Contudo, actualmente, estes são muito utilizados, espalhando-se no solo, dissolvidos em água ou em pó. Este tipo de adubos, quando utilizados em quantidades incorrectas, podem poluir as águas superficiais e subterrâneas.
Por isso, a agricultura biológica, que não usa pesticidas nem fertilizantes químicos, começa a surgir como uma alternativa para garantir a conservação dos solos e o benefício dos consumidores.
Irrigação do Solo
A irrigação consiste em aumentar a quantidade de água no solo.
Um factor importante para o crescimento das plantas é a disponibilidade da água no solo. Muitas regiões desérticas, apesar de terem solo fértil, sob o ponto de vista de sua composição mineral, são pobres em vegetação porque falta água. Isto é evidente nas regiões desérticas que se tornaram altamente produtivas por meio da irrigação artificial.
Salinização do Solo
A salinização consiste na acumulação de saís de sódio, de magnésio e de cálcio nos solos, reduzindo a fertilidade dos mesmos, o que resulta numa diminuição do rendimento económico das culturas.
A salinização do solo afecta a germinação das culturas, bem como seu desenvolvimento, reduzindo a produtividade e, nos casos mais sérios, levando a morte generalizada das plantas.
O processo de salinização occorre, de maneira geral, em solos situados e regiões de baixa precipitação e que possuam um lencol freático próximo da superfície.
Os solos situados em regiões áridas, quando submetidos a prática da irrigação, apresentam grandes possibilidades de se tornarem salinos, desde que não possuam um sistema de drenagem adequado.
A salinização do solo afecta muitos hectares de terreno, constituindo uma das principais causas da desertificação do nosso planeta.
A quantidade dos terrenos agrículas é ainda prejudicada pela poluição causada quer pelo uso abusivo de adubos e de pesticidas quer pela acumulação de lixos, realização de queimadas ou abate incontrolado de árvores.
A conservação dos solos deve ser uma preucupação de todos nós. Sem solo, a vida na terra não seria possível.