Processos Comuns dentro de um Ecossistema
Na aula anterior dentre vários aspectos falamos da relação dos seres dentro de um ecossistema. Uma das relações mais complexas e necessárias à vida no Planeta é a alimentação. Plantas e animais precisam de obter energia para a manutenção da vida.
Os vegetais “fabricam” sua energia, ou seja, sintetizam seu próprio alimento (são autotróficos), por isso são chamados produtores. Já os animais não conseguem isso, obtêm a energia de fontes externas, comendo vegetais e outros animais. São por conseguinte, consumidores.
Ao morrer, tanto os produtores como os consumidores servem de fonte de energia para o ambiente a partir dos processos de decomposição.
TÓPICOS DA AULA
– Níveis tróficos;
– Cadeia alimentar;
– Teia alimentar;
– Fluxo de energia;
– Pirâmide alimentar.
Até ao final desta matéria você deve ser capaz de:
– Mencionar os níveis trópicos de alimentos;
– Caracterizar os níveis tróficos de alimentos;
– Descrever a cadeia e teia alimentar;
– Descrever o fluxo de energia;
– Descrever a pirâmede alimentar.
Níveis Tróficos
Caro estudante!
De acordo com o tipo de nutrientes que os seres vivos consomem, estes podem pertencer a diversas categorias, que se designam níveis tróficos. Podem ser classificados como produtores (os que produzem nutrientes), consumidores (os que consomem nutrientes) e decompositores (os que decompõem os nutrientes).
Cadeia Alimentar
A energia necessária para que todos os seres vivos de um ecossistema possam realizar as suas funções é obtida através do processo de fotossíntese, realizada pelas plantas e pelas algas. Elas transformam a energia luminosa do sol em energia química, que é armazenada nas suas moléculas orgânicas.
Nem toda a energia luminosa é aproveitada pelas plantas. Mais de metade perde-se em forma de calor. Apenas 1 por cento da energia que chega ao solo é transformada pelas plantas em matéria orgânica.
As plantas e as algas, por serem capazes de transformar a energia luminosa em energia química, são chamadas seres autotróficos ou produtores.
Os seres vivos que não são capazes de realizar a fotossíntese consomem directa ou indirectamente as substâncias orgânicas produzidas pelas plantas. Chamam- se, por isso, seres heterotróficos ou consumidores.
Estabelecem-se, assim, relações alimentares entre todos os organismos que vivem num determinado ecossistema. Estas relações representam-se por uma cadeia alimentar ou cadeia trófica, constituída por uma sequência de organismos através dos quais passa o alimento.
Os organismos de um ecossistema que tem o mesmo tipo de alimentação constituem um nível trófico.
Cada cadeia alimentar é constituída por vários níveis tróficos:
1º nível trófico, ocupado pelos produtores (P);
2º nível trófico, constituído pelos consumidores primários ou de 1ª ordem (C1);
3º nível trófico, ocupado pelos consumidores secundários ou de 2ª ordem (C2);
4º nível trófico, constituído pelos consumidores terciários ou de 3ª ordem (C3).
Podem existir cadeias alimentares com níveis tróficos mais elevados, mas os animais que os ocupam fazem também parte, ao mesmo tempo, de outras cadeias. Como a quantidade de matéria vai diminuindo a medida que o nível sobe, uma cadeia alimentar não é, na maior parte dos casos, suficiente para mais do que quatro níveis.
Fig 1. Cadeia alimentar.
Teia Alimentar
Na natureza, alguns seres podem ocupar vários papéis em diferentes cadeias alimentares. Quando comemos uma maçã, por exemplo, ocupamos o papel de consumidores primários. Já, ao comer um bife, somos consumidores secundários, pois o boi, que come o capim, é consumidor primário.
Muitos outros animais também têm alimentação variada. Um organismo pode alimentar-se de diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que as cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.
Nas teias alimentares, um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo da cadeia envolvida.
Fig 2. Teia alimentar
Fluxo de Energia
A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão) da energia luminosa para energia química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou decompositores, é feita através de um processo denominado fotossíntese. Portanto, a fotossíntese – seja realizada por vegetais ou por microorganismos – é o único processo de entrada de energia em um ecossistema. A fotossíntese utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da energia total que alcança a superfície da Terra. É importante salientar, que os valores citados acima são valores médios e nãos específicos de alguma localidade. Assim, as proporções podem – embora não muito – variar de acordo com as diferentes regiões do País ou mesmo do Planeta.
Aspecto importante é o facto de que a quantidade de energia disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro.
Pirâmide Alimentar
Pirâmides ecológicas são representações gráficas que mostram a estrutura alimentar e energética de um ecossistema, em que retângulos sobrepostos correspondem aos diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar: produtores, consumidores primários, consumidores secundários, terciários e assim por diante.