Biologia

Estrutura Interna das Folhas e suas Adaptações às Condições do Ambiente

Nesta unidade vamos dar continuidade ao estudo da folha e nesta matéria em concreto, vamos falar da sua constituição e das adaptações que elas apresentam ao meio ambiente.

Tal como podemos observar nas folhas de diferentes plantas, elas tem diferentes formas, de acordo com o lugar onde se encontram – daí a sua classificação em monocotiledoneas e dicotiledoneas.

Até ao final desta matéria, você deve ser capaz de:

– Identificar os diferentes tipos de folhas e suas adaptações.

Estrutura Interna das Folhas

Consideram- se dois grandes tipos de estrutura: simétrica e assimétrica.

Na estrutura simétrica, os tecidos do limbo são semelhantes junto a página superior e a página inferior. Ao contrário, na estrutura assimétrica, os referidos tecidos têm aspectos diferentes.

A estrutura simétrica é frequente e característica nas folhas das monocotiledóneas (milho, trigo etc.). Aestrutura assimétricaémais frequente na folha das dicotiledóneas (abacateiro, cajueiro, etc.)

De uma forma geral, e não levando em linha de conta a simetria ou a assimetria, num corte transversal de limbo podem distinguir-se:

Epidermes superior e inferior;

Mesófilo, que é o parênquima foliar existente entre as epidermes;

Feixes condutores de xilema e de floema, situados centralmente, no meio do parênquima.

Epiderme: é a camada simples, protectora, formada por células com a parede da face externa espessada e cutinizada. Tem estomas e, por vezes, pêlos.

A parte cutinizada das células epidérmicas constitui, como no caule, uma película impermeável – acutícula.

Nas folhas das monocotilédones (simétricas), a epiderme das duas páginas não mostra grande diferença no espessamento e na cutinização e os estomas aparecem distribuídos nas duas epidermes do modo idêntico. Nas dicotiledôneas (assimétricas), o espessamento e a cutinização são mais desenvolvidos na página superior e os estomas distribuem-se, principalmente, na página inferior.

Mesófilo: é um parênquima, geralmente clorofilino, situado entre a epidermecsuperior e a epiderme inferior.

Nas folhas de estrutura assimétrica, o mesófilo está diferenciado em parênquima empaliçado, junto a epiderme da página superior e parênquima lacunoso, junto a epiderme da página inferior.

Nas folhas simétricas, o mesófilo pode ser exclusivamente lacunoso ou exclusivamente empaliçada ou, ainda, de um tipo intermédio.

Feixes condutores: os feixes condutores da seiva são duplos e estão reforçados por tecidos de suporte e resistência. Definem as chamadas nervuras.

Nas monocotiledôneas, as nervuras são quase todas iguais. Nas dicotiledôneas, há uma ou mais nervuras desenvolvidas – nervuras principais – e várias menos desenvolvidas – nervuras secundárias.

Nas folhas de estrutura assimétricas, os feixes condutores distribuem-se principalmente no parênquima lacunoso.

São formados por xilema, que conduz a seiva bruta e floema, que conduz a seiva elaborada.

Os feixes condutores estão protegidos geralmente por esclerênquima, que serve de suporte e, juntamente com a epiderme, formam a parte resistente da folha.

Adaptação das Folhas às Condições do Ambiente

As plantas que vivem em ambientes secos (plantas xerófilas) apresentam, por exemplo, folhas protegidas pêlos. Estes protegem o estoma, localizado no interior da folha, do calor e da perda de água.

Plantas que vivem em zonas húmidas (plantashidrófilas) apresentam uma folhagem com limbos grandes.

Se observarmos o corte duma folha ao microscópio, verificaremos poucas camadas e os estomas voltados para fora.

As plantas aquáticas (plantas hidrófilas) têm folhas que nadam na superfície da água. Na estrutura interna destas folhas existem câmaras-de-ar, que possibilitam este fenómeno.

Para garantir a transpiração, os estomas encontram-se na epiderme superior.

Para além destas adaptações, existem outras, como:

• Gavinhas – folhas modificadas, com a função de prender a planta a um suporte. Exemplo: ervilheira;

• Espinhos – folhas atrofiadas, com adaptações a climas secos, para evitar a perda de água por transpiração. Exemplo: cactos.

• Brácteas – folhas sempre presentes na base das folhas elas são geralmente pouco vistosas, mas podem ser coloridas, actuando, como estruturas de atracção de insectos e pássaros. Exemplo: bico-de-papagaio, na primavera.

• Folhas de plantas carnívoras – certas plantas apresentam folhas modificadas para a captura e digestão de insectos e de outros pequenos animais. Os produtos resultantes da digestão são depois absorvidos pelas células das folhas, servindo de alimento a planta.

One thought on “Estrutura Interna das Folhas e suas Adaptações às Condições do Ambiente

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *